terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Foi há 1 ano

Havia bolinhos, café e vozes animadas. Surgiam de uma salinha que parecia ser demasido pequena para acolher tantos adultos. Talvez por isso, a rua se mostrava mais atrativa, que os bolinhos, para as crianças correrem, com a liberdade que um simples passeio de calçada portuguesa permite.
Fui contida na chegada. Tentei encontrar alguém conhecido e rapidamente os meus olhos se cruzaram com os de alguém familiar. Sorri. Timidamente aproximei-me.
Nem houve tempo para constrangimentos, pois a dispersão do grupo começou logo a acontecer para se juntar de novo, mas, desta vez, já numa cave.
As vozes animaram-se de novo, agora num tom solene, reverente, de louvor.
Difícil de explicar, fui invadida por um sentimento de pertença àquele lugar. Senti-me em casa.
Uma cave, um orgão à moda antiga (tal como na minha igreja em Coimbra), um discreto púlpito, a luz (ou a falta dela).
Certamente, também, pelo espaço, pela formalidade, pela reverência, pelos cânticos, mas Algo maior me unia ali. Naquele momento, a distância deixou de existir e, por breves instantes, até me senti em Coimbra. (É bom sentir isso quando se está longe de casa).
Ainda recordo a mulher sirofenícia brilhantemente contada pelo Pastor Tiago.
Recordo o tom amarelo do boletim.
Ficou-me também na memória o Caleb. Não só por ser o mais bebé, mas o modo como se ajustou no colo do Miguel, assim que o louvor terminou, e como ficou aconchegado, a dormir, até o sermão terminar.
Ainda a introspecção final, ao som da música do último cântico!
Pertencia àquele lugar!
 
Não consigo olhar para o meu último ano e vê-lo sem SDB...
Hoje a gratidão enche-me o coração!
A Deus, ao Pastor Tiago Cavaco, à Igreja, à Nice, às mulheres de 3ªfeira (que tanto me têm suportado e ajudado a crescer...), às crianças estou, a todos vós, imensamente grata.
 
Foi há 1 ano que entrei pela primeira vez em SDB. Há que celebrar!